http://www.youtube.com/watch?v=tkiRjJ0ZvAs
Saturday, June 23, 2007
fotos dos II jogos de inclusão e integração 23 de Junho de 2007
http://www.youtube.com/watch?v=tkiRjJ0ZvAs
Fotos dos Jogos de integraçao e inclusão de 23 Junho 2007
Tuesday, June 19, 2007
MINI SEMINARIO II sobre Integraçao de Imigrantes

Participam nesta acção associações de imigrantes sobre os seguintes temas do programa:
II MINI SEMINARIO sobre Integração de Imigrantes
Alenquer, sábado 7 de JULHO, 10h
PROGRAMA

10h. Abertura por Luís Nandin de Carvalho. Referência a divulgação do projecto INTI na Internet. Site do IPUEL e da EUNET
10.15 Apresentação dos resultados do Seminário Internacional INTI de Copenhagen (Jorge Vilela de Carvalho) relatório a distribuir,
10.30h Open Fórum sobre os temas seleccionados em Copenhagen: Banco do Tempo, Jogos de Inclusão e Integração, Parlamento Europeu de Imigrantes e Micro crédito
11.00 Divulgação pela Dr. Ana Carreira do BCP MIllennium das particas bancárias em Portugal do Microcrédito, e a criação de emprego próprio. (distribuição de documentação)
11.30 Debate sobre os critérios de selecção de Boas Praticas e Projectos-piloto. Elaboração de fichas de projecto,
12.00 Discussão sobre os trainers (facilitadores/consultores) Função, qualificações, encargos de remuneração, selecção, banco de dados, formação.
13.00 (intervalo para almoço no local)
14.00 Debate sobre a possibilidade de um Parlamento europeu para Imigrantes, como órgão consultivo a nível europeu e com secções nacionais (a semelhança do Parlamento dos Jovens)
15.00 Debate sobre a estrutura e organização de um network europeu de organizações de imigrantes ( de apoio ao Parlamento consultivo?)
16.00 Recolha de contributos, sugestões e ideias para novos projectos piloto, boas práticas, seminários de formação de trainers, candidaturas conjuntas a novos projectos comunitários eventualmente prosseguimento do projecto INTI depois de Janeiro de 2008.
17.00 Conclusões e calendarização de novas reuniões :
II Mini Seminário INTI- Alenquer
7 Julho 2007
1) Necessidade de uma nova atitude e de um network nacional de associações de imigrantes que cooperem e colaborem em projectos conjuntos e com candidaturas de colaboração em vez da disputa e competição por subsídios e apoios financeiros.
2) Estimular nova perspectiva, em vez da politica de integração unilateral (diktat do país de acolhimento) com a filosofia de coexistência em educação para uma cidadania partilhada, e de inclusão (living together) em sociedades cada vez mais plurais.
3) Necessidade de politicas de apoio a selecção de imigrantes (na origem) e de apoio ao retorno aos territórios de origem, como boas práticas que favoreçam a integração. Eventual criação de um projecto-piloto neste tema e sua inclusão na formação de trainers?
4) Sugestão para a redacção do Manual (Hand Book) INTI, quer quanto a conceitos, e boas praticas quer também quanto a projectos-piloto com vista ser útil do ponto de vista dos imigrantes, ou seja no combate ao isolamento, À discriminação e a desvalorização sócio-profissional. No capitulo dos trainers, incluir perfis, funções, trabalho efectivo de consultoria, banco de dados, esquemas de remuneração (1/3 CE, 1/3 Estado e 1/3 associações?), línguas de expressão, mobilidade, introdução ao mercados e trabalho, conhecimentos e economia, direito, política nacional e e internacional, óptica de serviço não comercial, imigrantes não são clientes. Short term and long term, nível europeu e nível nacional, formação em boas praticas e projectos piloto
5) Favorecimento dos métodos de micro crédito e de criação do próprio emprego, de lojas de comércio justo principalmente para dinamização e economias relativas a produtos e serviços étnicos, artesanais e outros relativo aos territórios de origem dos imigrantes (ex coffee corner etiopia). Educação económica, business and market language, mind, performance, coaching, o empowerment das associações de imigrantes, reconhecimento e equivalência de qualificações, formação inter cultural, apoio jurídico e de lobby, cooperação entre vários grupos de imigrantes, integração de deficientes, acesso a guidance (trainers), educação de familiares.
6) Manter uma atitude europeia dinâmica. Keep moving…partilha de cidadania, por activa, incremento da diversidade cultural, envolvimento politico, parlamento europeu dos imigrantes para aumento da participação na definição de politicas da EU e representação, mais igualdade de oportunidades, mais mobilidade inclusive familiar, programas de intercambio tipo Erasmus, envolvimento de políticos, direitos eleitorais.
7) Selecção de boas praticas e preojectos. Critérios a adoptar: benefícios mútuos, simplicidade, sucesso, transparência, transmissibilidades replicação possível, inovadoras, de dialogo, interactivas, reconhecimento social e dos media da utilidade, valor acrescentado e empowerment, envolvimento, push up económico, sustentabilidade, resultados mensuráveis, criação de novas oportunidades, experiência pratica, abertura de espírito, efeitos sobre a não discriminação e valorização das mulheres.
Monday, June 18, 2007
conferencia de imprensa de apresentaçao dos jogos 2007
Os jogos abertos a portadores de deficiências incluindo imigrantes vão envolver este ano cerca de 1000 desportistas incluindo elementos da comunidade cigana do Algarve. O IPUEL tem desde o início patrocinado estes jogos e inclusive procedeu a sua inclusão no projecto INTI, tendo em recente reunião em Copenhagen a iniciativa dos JII2007 sido considerada como um exemplo de boa prática a servir de modelo para eventos europeus do mesmo tipo. Nas fotos um aspecto da mesa da conferência de imprensa, e o Eng Antonio Marques, Presidente da Comissão executiva ao lado da Exma Dra Maria de Jesus Barroso, Presidente da Comissão de Honra.
Os Jogos terão lugar dia 23 de Junho (solsticio de verão e dia de São João) no Estadio 1º de Maio do INATEL a partir das 10h com a disputa de varias modalidades simultaneamente.
É de salientar que o Município de Lagoa se fará representar nestes Jogos por uma equipa de Futsal, constituída maioritariamente por indivíduos de etnia cigana do Bairro Municipal de Porches, que venceu o Torneio Multicultural de Futsal realizado no último dia 6 de Maio no Polidesportivo de Porches – Lagoa, com a presença de 11 equipas de todo o Algarve, de várias etnias e países.
A equipa de Lagoa irá disputar um jogo de Futsal pelas 10h00 do dia 23 de Junho no Estádio 1.º de Maio em Lisboa com uma equipa de imigrantes (extra União Europeia).
Texto da Conferência de Imprensa
A Comissão Executiva dos II Jogos de Integração e Inclusão da Cidade de Lisboa 2007 convoca todos os jornalistas para uma Conferência de Imprensa a realizar na próxima,
Segunda-feira, 18 de Junho de 2007, pelas 11h00
no Lisboa Marriott Hotel
Av. dos Combatentes, 45 1600-042 LISBOA - Telf. 217 235 512
(junto à Universidade Católica)
Porque,
a poucos dias dos Jogos de Integração e Inclusão da Cidade de Lisboa, os organizadores e promotores do evento pretendem dar a conhecer a natureza dos Jogos, os seus objectivos e o seu relevante papel numa das áreas críticas da intervenção social.
Porque,
participarão na conferência de imprensa o Engº. António Marques, que preside à Comissão Executiva dos Jogos, o Professor Dr. Nandin de Carvalho, Secretário da Comissão de Honra, e a Dra. Luísa Portugal, Presidente do Secretariado Nacional para a Reabilitação e Integração da Pessoa com Deficiência.
Dado o carácter socializante e integrador desta iniciativa, chamamos a atenção dos senhores Jornalistas para este evento, apelando a que seja feita a correspondente e mais que merecida difusão e cobertura noticiosa.
O nosso OBRIGADO a todos !
Sábado, no Estádio 1 de Maio
Jogos de Integração e Inclusão
reunirão cerca de 1000 atletas
No próximo sábado, 23 de Junho, o Estádio 1 de Maio em Lisboa será palco dos II Jogos de Integração e Inclusão, um evento que procura que todas as mulheres e homens sem discriminações de qualquer natureza, tenham o mesmo acesso à prática desportiva. Esta iniciativa pretende assim ser um contributo decisivo, para a redução das assimetrias e para um desenvolvimento social mais harmonioso.
Os Jogos de Integração e Inclusão são uma iniciativa conjunta do IPUEL (Instituto para a União Europeia de Lisboa), FPDD (Federação Portuguesa do Desporto para os Deficientes), ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão), ACCL (Associação das Colectividades de Lisboa), Juntas de Freguesia, Associações ligadas à Deficiência e Associações de Integração de Imigrantes de Países externos fora da Comunidade Europeia.
Estes II Jogos de Integração e Inclusão contam também com o apoio da Secretaria de Estado para a Reabilitação e Integração da Pessoa Deficiente, da Cruz Vermelha Portuguesa, do INATEL, da Câmara Municipal de Lisboa, das Santas Casas da Misericórdia de Lisboa e Santarém, e de vários grupos de Escuteiros de Lisboa.
O presidente da Comissão Executiva destes jogos, engº António Marques, apresentou há cerca de dois meses o programa de actividades durante o seminário sobre Imigração realizado no Auditório da Assembleia da República. Nessa altura entre os convidados estavam pessoas portadoras de deficiência integradas nas respectivas associações.
No ano passado, nos I Jogos de Integração e Inclusão da Cidade de Lisboa, participaram 172 atletas portadores de deficiência, entre eles vários campeões do mundo e olímpicos. Perante uma entusiasmada assistência, esses atletas representaram as seguintes equipas:
Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal
Associação Nacional de Famílias para a Integração da Pessoa Deficiente
Associação Spina-Bífida e Hidrocefalia de Portugal
Centro de Medicina de Alcoitão
Centro Nuno Belmar da Costa
CERCI – Lisboa
Clube Desportivo da Graça
Colégio das Descobertas
Escola Superior do Alcoitão
Inválidos do Comércio
Liga Portuguesa dos Deficientes Motores
Santo Antoniense
Vitória Clube Lisboa
1000 atletas
Esta segunda edição dos Jogos de Inclusão da Cidade de Lisboa cresce notoriamente em relação à primeira; em apoios e em número de atletas participantes, já que são esperados cerca de mil.
O número de equipas/instituições que estes atletas representam, também cresceu consideravelmente em relação à anterior edição, esperando-se este ano a participação de:
Obra Social do Pousal
Grupo Desportivo do Alcoitão
Escolinhas do Inatel
Cercisa
Cerci Lisboa
Equipa de Ciganos Deficientes do Bairro Municipal de Porches (Algarve)
Clube Musical União
Codifar
Obra do Ardina
ACAPO
Escola de Reabilitação do Alcoitão
Várias equipas de Santarém
Clube Atlético de Alvalade
Associação Humanitária dos Bombeiros da Amadora
Centro Cultural e Recreativo do Cruzeiro e Rio Seco
Grupo Desportivo da escola Secundária Miguel Torga
Sporting Clube de Portugal
Sociedade Filarmónica Recreativa Alverquense
Grupo Desportivo do Pessoal da Cimpor
Clube Santoniense
Equipa de Basquetebol em Cadeira de Rodas de Men Martins
Inválidos de Comércio
AFID
Grupo Chapitô (Palhaços)
Associação Columbófila do Centro
Grupo Cavalinho ( Marchas Populares)
Equipas de várias Colectividades do Concelho de Lisboa
Grupo de Pintores Deficientes Motores Manuais das Caldas da Rainha
Escuteiros de várias partes de Lisboa
Grupo dos Tempos Livres da Força Aérea
Uma Banda de Música a Designar
Dança Terapêutica do Alcoitão
Tal como nos anteriores jogos estes pretendem criar oportunidades de participação e integração de cidadãos com deficiência nas estruturas regulares de desporto. Procura-se assim o reconhecimento destas modalidades especiais por parte dos clubes, com vista a que sejam inseridas na prática desportiva regular. Da mesma forma pretende-se a criação de oportunidades de participação em novos desportos.
Estes jogos compreendem 14 modalidades, destacando-se a natação e o futebol de 5 para deficientes motores; o «goalball» para cegos; atletismo (Provas de Velocidade) para deficientes motores e cegos, e finalmente ténis de mesa para surdos e deficientes motores e em cadeira de rodas.
A Comissão de Honra destes jogos é constituída por Maria de Jesus Barroso, que preside ao evento; Mário Teixeira Aboim, presidente da FENACERCI (Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social); Idália Moniz, secretária de Estado da Reabilitação e Integração da Pessoa Deficiente; Jorge Teixeira dos Santos, da Comissão de Promoção de Igualdade, Direitos e Oportunidades da CML; Modesto Navarro, escritor e membro da Assembleia Municipal de Lisboa; Rosa do Egipto, presidente da Associação Nacional de Freguesias, e Luís Nandin de Carvalho, secretário da Comissão de Honra.
Um dos imperativos deste evento é o reforço e o reconhecimento dos cidadãos portadores de deficiência, como pessoas de pleno direito na sociedade portuguesa contemporânea, bem como a promoção da integração social de vários estratos populacionais, com especial relevo para os imigrantes de países externos à Comunidade Europeia.
À margem dos Jogos de Integração e Inclusão da Cidade de Lisboa realizar-se-ão debates com várias personalidades, em que serão abordados temas como a responsabilidade social das empresas, e o papel do poder local e da sociedade civil na inclusão ou integração de imigrantes.
Elza Pais, Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género congratula-se com a organização destes jogos, já que considera que «o desporto assume um lugar de extrema importância na sociedade moderna, não só pelo impacto que tem no desenvolvimento das capacidades interpessoais como no exercício de uma cidadania»
Luís Nandin de Carvalho, Presidente do Instituto para a União Europeia de Lisboa, relembra o carácter humano e integrador dos Jogos, afirmando que «os deficientes motores ou mentais têm, como seres humanos, o mesmo direito à liberdade na alegria e nos afectos que o desporto proporciona. O objectivo dos Jogos é a participação na vivência humana e universal, sem discriminações e sem ghettos.»
Idália Moniz, Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, pronunciou-se a respeito do «papel essencial na integração social das pessoas com deficiência, sendo uma actividade susceptível de contribuir para a realização plena dos direitos que a nossa Constituição reconhece, de forma universal, a todos os cidadãos, tais como o direito à qualidade vida e à saúde.»
Para mais informações, favor contactar:
Eng. António MarquesTlm. 96 103 90 70 – e-mail:antonio.marques@santacasa.pt
Primeira Imagem – Consultores de Comunicação
Vítor Ferreira
Largo do Poço, 2 – 1600-579 Lisboa
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II Jogos de Integração e Inclusão
23 de JUNHO de 2007
PROGRAMA
09h30 – Cerimónia de Abertura
10h00 – 1º contacto com a agua de piscina (deficientes profundos)
10h00 – Natação (deficientes motores);
10h00 – 1º contacto com cavalos (Síndroma de Down)
10h00 – Futsal de 5 (deficientes motores)
10h00 – Atletismo Provas de Velocidade (deficientes motores e cegos)
10h00 – Ginástica (todos)
10h00 – Pintura (deficientes manuais e cerebral / intelectual)
10h00 – Xadrez (cegos, deficientes motores e cerebrais/intelectuais)
10h00 – Jogos Poliédricos (todos)
10h00 – Boccia (deficientes motores e cerebrais/ intelectuais)
10h00 – Basquetebol (cadeira de rodas)
10h00 – Ténis de Mesa (surdos, deficientes motores e cadeira de rodas)
11h30 – Slalom (deficientes motores)
11h30 – GoalBall (cegos)
À excepção do Slalom e do GoalBall, com início marcado para as 11h30, todas as outras doze modalidades serão praticadas em simultâneo a partir das 10h00.
Thursday, June 14, 2007
Importantes avanços na execução do projecto INTI


Em Dragor/Copenhagen, Dinamarca, de 30 de Maio a 3 de Junho
Decorreu com elevada participação o Seminário organizado no âmbito do projecto INTI de que são coordenadores a Alemanha, (IHS) Holanda (KDK), Dinamarca (IUC), Portugal (IPUEL) e Malta (SOS).
A responsabilidade logística esteve a cargo do IUC- International Understanding and Cooperation, (http://www.iuc-europe.dk/) um instituto sem fins lucrativos dinamarquês…fundado em 1986, em parte pelo Ministério de Educação Dinamarquês e pela União Europeia, como Casa da Europa. Dispõe de orçamento, instalações próprias direcção permanente e de um quadro de pessoal e de colaboradores superior a 20 pessoas. Mantém vários acordos bilaterais não só na Dinamarca como também na Europa, em especial com entidades relacionadas com a Juventude, direitos Humanos, Integração Europeia. Organiza ainda visitas de estudo a Bruxelas e EUA.

O Seminário, que reuniu 28 participantes dos quais 2 portugueses, um natural da Guiné e outro de Cabo Verde, seguiu a metodologia habitual com intervenções sectoriais introdutórias sobre os temas específicos previstos, iniciando-se com os relatórios do vários seminários nacionais e prosseguindo com a divisão dos participantes em grupos de trabalho, em que forma desenvolvidos os temas:
- Boas praticas (tipologias e metodologias)
-novos projectos-piloto (critérios de selecção)
- a função e formação dos trainers, ou agentes de animação de processos de integração de imigrantes.

- acções de seguimento e ideias de novos projectos intra europeus.
Registaram-se varais intervenções de participantes provenientes da Etiópia, Nicarágua, Somália, Colômbia, Albânia, Tunísia, Rússia, Turquia, em todos os domínios em discussão tendo sido retidos como exemplo de boas praticas a iniciativa dos Unidos de Cabo Verde (Portugal) sobre o Banco do Tempo, o projecto de criação de um Parlamento Europeu de Imigrantes (IPUEL), entre outras propostas a compilar num Manual (Hand Book) a editar no final do projecto INTI em Janeiro de 2008. Das outras intervenções ficou registada o interesse no desenvolvimento de um sistema de micro credito especialmente vocacionado para imigrantes.

As próximas reuniões estão previstas para as seguintes datas:
- 19 e 20 de Agosto, em Bona (só os coordenadores do projecto INTI)
- 1 a 3 Novembro, em Malta
- 5 a 7 de Outubro, Salzbourg (Seminário Internacional)
-Janeiro em

Em Portugal esta prevista a realização de um novo mini seminário que permita a delegação portuguesa melhor intervir nas reuniões acima fixadas e nos temas em discussão.
Wednesday, June 06, 2007
referendum ou não referendun do novo tratado
do conselheiro jorge Rodrigues do IPUEL
sem que isso vincule o IPUEL...
QUEM QUER UMA EUROPA À MARGEM DOS CIDADÃOS? Segundo vários conceituados comentadores (Adriano Moreira, António Vitorino, José Pacheco Pereira e Freitas do Amaral) da última cimeira europeia, ainda presidida pela Alemanha, saiu um projecto de Tratado Europeu, praticamente fechado, passado à presidência portuguesa, que ora se inicia, com um "mandato claro, preciso e detalhado", para ser redigido o articulado acordado.
Só que, apesar de ter a "papinha quase toda feita", o PM Sócrates esconde o acordado para não se comprometer a realizar um referendo em Portugal sobre o novo Tratado, ao contrário do que o PS se obrigara, compromisso eleitoral este igualmente assumido pelo PSD e que este partido mantém, segundo Marques Mendes.
1 . Do artigo de opinião de António Vitorino, publicado no "DN" de 29.6.07, transcrevo: "…O mandato constitui, pois, uma preciosa ajuda para a presidência portuguesa, mas não é ainda um Tratado. Resta-nos, por isso, desejar que este bom começo possa levar-nos, no próximo semestre, a uma conclusão que preserve o consenso alcançado agora em Bruxelas e que corresponda aos anseios e aspirações dos europeus. Independentemente da forma que cada país escolher para aprovar e ratificar o futuro Tratado da União! ".
Antes, na "Visão" de 28.6.07, já Freitas do Amaral alegara: "Se houver transferência de soberania deve realizar-se um referendo… Se não houver não há nenhuma razão para o fazer".
Por sua vez, ao "Sol" de 30.6.07, J. Pacheco Pereira disse: "O PM está a fazer um puro teatro para aparecer como vitorioso, quando já está tudo escrito", ao passo que, na mesma edição daquele semanário, Adriano Moreira considera que o que mudou relativamente ao anterior projecto de Tratado Constitucional foi " cerimonial e simbólico", apelando ao Governo português para que "abandone a política furtiva" e fale "com autenticidade" aos portugueses.
2 . Aqui chegados e face ao relatado pelos órgãos de informação, cumpre resumir as principais alterações ao normativo ainda em vigor, que já constavam do anterior projecto, denominado "Tratado Constitucional", ora renominado para "Tratado Reformador":
· Do anterior projecto, de pendor federalista, saiu a palavra "constitucional" e desaparecem a bandeira e o hino;
· No novo Tratado só haverá uma referência à Carta dos Direitos Fundamentais, mas tornando-a vinculativa para todos os Estados, com excepção do Reino Unido, devendo aparecer como anexo;
· Baixa para 750 o nº de eurodeputados, pelo que Portugal pode perder 2 dos seus eurodeputados;
· Até 2014, Portugal mantém 10 votos no Conselho de Ministros, mas até lá a Comissão Europeia (CE) reduz o nº de Comissários de 27 para 15, mantendo-se a rotatividade dos países e reforçando-se os poderes do Presidente da CE;
· Cria-se o cargo de Presidente do Conselho, com mandatos de 2,5 anos, acabando as actuais presidências semestrais rotativas da União;
· Também o mandato do Presidente da CE e dos Comissários passa para 2,5 anos, período máximo esse de tempo, durante o qual, Portugal e outros países podem estar sem representante na Comissão Europeia;
· A partir de 2014, as decisões do Conselho de Ministros passam ao sistema de dupla maioria: 55% dos Estados-membros que representem pelo menos 65% da população, mas até 2017 os estados ainda podem invocar o sistema de votos estatuído pelo Tratado de Nice (exigência Polaca);
· A União Europeia adquire uma única personalidade jurídica, abolindo a estrutura dos pilares e os termos "constituição" e "comunitário";
· Cria-se o cargo de Alto Representante da União para a Política Externa e de Segurança, que será também vice-presidente da CE (por exigência britânica caiu a anterior denominação de Ministro dos Negócios Estrangeiros);
· Diferentemente do anterior projecto, neste, nos campos da cooperação policial e judicial, em matéria criminal ou nas políticas comuns de solidariedade e segurança, os Estados podem optar por se manterem à margem das decisões (exigência Britânica);
· Reforço dos poderes dos Parlamentos nacionais face a legislação europeia, quando estiver em causa o princípio da subsidiariedade (exigência Holandesa).
3 . Pelo que antecede, afigura-se-me pertinente salientar o seguinte, à laia de "conclusões provisórias" e começando por algumas perguntas:
- Portugal perde o poder de veto, anterioriormente garantido para os "interesses vitais" de cada País, passando-se agora para um sistema de votação que dá na prática à Alemanha o poder de vetar qualquer decisão, com o aumento de matérias que passam da unanimidade para maiorias, mais ou menos qualificadas, com o correlativo enfraquecimento da posição de países como Portugal no processo de decisão, porquê?
- Qual a razão do país ter deixado de defender essencialmente o reforço dos poderes da Comissão Europeia, onde Portugal tinha algum "peso"?
- Aceita Portugal sem problemas o caminho de subsumir a sua diplomacia e a sua política externa progressivamente numa política "europeia" cada vez mais feita em Bruxelas?
- Sempre defendi que a nossa adesão à então CEE devia logo ter sido referendada, obviamente depois de um amplo debate nacional esclarecedor, que nunca foi feito e embora continue a entender que Portugal só tem vantagem em estar integrado na EU, não abdicarei, desta vez, de exigir que se cumpra a promessa de deixar os portugueses pronunciarem-se em referendo!
- Tudo sopesado no novo projecto, face ao anterior, todos os especialistas concordam que do texto antes designado por "constitucional" se mantém pelo menos 80% no ora acordado.
- Ora, é manifesto que em várias matérias há cedência de mais parcelas de soberania, o que implica só por si que o povo se pronuncie, pois é nele que reside a soberania (vide artºs 1º a 3º da CRP) e não nalguns "iluminados" políticos, sendo altura de fazer funcionar a democracia participativa, em referendo, de forma a assumirmos colectivamente a responsabilidade pelo nosso futuro.
- Acrescento que foi certamente por sentirem essa responsabilidade que os nossos 2 maiores partidos prometeram nos seus últimos programas eleitorais (ainda em "vigor") sujeitar a referendo o novo Tratado Europeu, cuja nova versão pouco difere da anterior, o que significa que se mantêm razões substanciais para o referendo, pese embora alguns tentem minimizar chamando-lhe mini-Tratado, o que não passa de um eufemismo para esconder e apressar uma decisão sem o povo se pronunciar.
- Só existe uma razão, bem simples, para, mais uma vez, impedirem os cidadãos de decidir, que é a chamada política do "facto consumado", tão do agrado dos poderosos e daqueles que querem ser "qualquer coisita" na Europa e que julgam poder ignorar os cidadãos, embora não passem de políticos "pequenos" ou provincianos e não sabem que o poder é efémero ou contentam-se com "migalhas"…
- Então, qual a razão do PM e ao que parece do PR para não admitirem o referendo? Em resposta, subscrevo o que disse Áurea Sampaio, na "Visão" de 28-6-07: "Sócrates tem medo que um referendo à Europa se transforme num teste penalizador para o seu Governo". Mas, quanto a isso, se alguém tem medo da vontade popular democraticamente expressa, então é melhor que se assuma claramente contra o referendo, a fim de tirarmos as nossas conclusões sobre o seu perfil de estadista(s).